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Sport Club Corinthians Paulista

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29.9.07

Ser corintiano: Vida, Amor e História

Pense num movimento capaz de alimentar amor, ódio, status de patrimônio cultural e social. Seria possível idealizá-lo com características tão distintas e marcantes assim? Pois bem, Joaquim Ambrósio, Antônio Pereira, Rafael Perrone, Anselmo Correia e Carlos Silva Cinco, cinco operários tornaram realidade o ideal, dando assim origem ao - incondicional - amor de milhões de brasileiros. Sport Club Corinthians Paulista. Uma religião. Iniciada em 1º de setembro de 1910, e que hoje, aos 97 anos, a marca de futebol mais valiosa do país, se agiganta a nação, contagia como um a doença benéfica, gritando forte: Corinthians minha vida, Corinthians minha história, Corinthians meu amor!

Uma vida – permeada por uma paixão que nem Platão seria capaz de explicar (Sócrates poderia) e traduzida em forma de torcida, uma Fiel nação, devota de São Jorge e residente vitalícia do Pacaembu. Inspirada pelos mais de 70 mil corintianos que invadiram o Maracanã em 1976 – na heróica vitória (nos pênaltis) sobre o Fluminense pela semifinal do Campeonato Brasileiro – e pelo sofrido título paulista de 1977 contra a Ponte Preta, no Morumbi, diante público record (136.032), pondo fim a um jejum de quase 22 anos.

Uma história – traçada por abençoados homens selecionados minuciosamente pelo Santo Guerreiro. Da primeira partida diante o União da Lapa, no dia 10 de setembro de 1910, até os tempos atuais, o Corinthians – num minucioso ritual de gerações – que se iniciou com Valente; Perrone e Atílio; Lepre, Alfredo e Police; João da Silva, Jorge Campbell, Luís Fabbi, César Nunes e Joaquim Ambrósio, se sucedeu com o despertar de verdadeiros deuses do futebol e da superação: Neco, Gilmar dos Santos Neves, Servílio, Idário, Cláudio, Baltazar, Basílio, Rivelino, Zé Maria, Wladimir, Biro-Biro, Sócrates, Neto, Ronaldo, Marcelinho Carioca e companhia.

Um amor – que alimenta corações, que nas adversidades se fortalece, e se engrandece. Fazendo jus a sina de “Campeão dos campeões”, o clube do Parque São Jorge iniciou sua vitoriosa trajetória no cenário futebolístico com a conquista do Campeonato Paulista de 1914, e que após a mesma, não parou de triunfar, adquirindo assim uma invejável seqüência de 87 torneios conquistados e uma excepcional média de 0,8 títulos por ano, onde se destacam o memorável Campeonato Paulista de 77, o almejado Brasileiro de 90, a impagável Copa do Brasil de 1995 e o primeiro Mundial de Clubes da FIFA de 2000.

Ser corintiano é colocar acima de tudo e de todos, a vida, a história e o amor. É a paixão cega, que exalta o sangue preto e branco na pele alvinegra. Se as diversas definições de idolatria ao Corinthians realmente caracterizarem uma doença, em tempos de medicina avançada, rezo para que a mesma seja incurável. Sofredor confesso, a audácia de estar sempre além. Além de ser ou não ser o primeiro. Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim.

"Sofredor confesso, a audácia de estar sempre além. Além de ser ou não ser o primeiro. Pelo Corinthians, com muito amor, até o fim."