Sport Club Corinthians Paulista

O jogador tem uma história inusitada. Até 2004, quando foi aprovado no Taubaté, o agora corintiano trabalhava com o pai em uma fazenda, em São Luís do Paraitinga, interior de São Paulo.

"Eu fazia de tudo. Trabalhávamos o ano todo para uma festa que durava quatro dias, era tipo um rodeio, se chamava Festa de São Caetano", contou. "Eu construía cerca, selava cavalo, ajudava na organização...", completou.

O futebol entrou na vida do jogador por acaso. O pai do volante, Wendel, hoje afastado do elenco do Corinthians, viu o Moradei jogando com os amigos e decidiu levá-lo para fazer um teste no Taubaté.

"Eu achei que não iria dar em nada. Mas aí, após três, quatro semanas, fui aprovado, fiquei um pouco nos juniores e depois acabei no profissional", relembrou.

O volante ainda defendeu o Ituano antes de se transferir para o Bragantino. Após se destacar no Paulista deste ano, o jogador foi contratado pelo Corinthians, aumentando o número de jogadores que chegaram de Bragança Paulista.

Agora, Moradei espera mostrar até o final do ano que tem condições de ficar no clube. "Acho que é tempo suficiente. Vou procurar fazer o mesmo que fiz no Bragantino, sempre com muita dedicação e vontade", avisou.

O jogador também acredita que o fato de atuar ao lado de ex-companheiros poderá ajudar na adaptação ao novo clube. A recepção foi calorosa, mas Moradei não gostou muito. O goleiro Felipe e o atacante Everton Santos já revelaram os seus apelidos: "cachorro louco e cara de câimbra". "Não tem problema", disse, com um sorriso amarelo. "Mas o Everton também não falou o dele, que é 'Seu Madruga'", contou, referindo-se ao personagem do seriado Chaves.

"Aqui é outro mundo. Há pouco tempo estava lá na fazenda. Agora estou aqui", finalizou.